sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Uma questão de Justiça!


Vou fazer uma crítica conjugada a quatro matérias veiculadas durante essa semana (11/11 a 15/11/2012), todas relacionadas à Justiça e ao Sistema Prisional. Trata-se de minha opinião, minhas palavras. Porém todas as imagens e vídeos estão disponíveis no meio www.

A princípio, a situação dos menores infratores. O senso comum de CERTEZA DE IMPUNIDADE e a crescente violência, são pautas de matérias e fazem parte das discussões do cotidiano. No dia 13/11/2012, 45 dos 46 menores internados na Fundação Casa em São Paulo, conseguiram fugir. (Matéria disponível em: http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/634155/?noticia=45+MENORES+INFRATORES+FOGEM+DA+FUNDACAO+CASA) Trata-se também da impossibilidade de RE-ação por parte dos servidores, pois tudo configura crime e tortura. Podemos visualizar também problemas na estrutura física, falhas na segurança, entre outros...  Vários outros critérios para justificar esse fato poderiam ser enumerados. Inclusive a falta de apoio de órgãos como Ministério Público, Direitos Humanos, que somente se voltam aos interesses dos internos e seus familiares, nunca com a ótica voltada aos servidores. 


Outra situação foi a morte da Agente Deise Alves, esposa do Diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara em Florianópolis. Após esse fato, presos denunciaram suposta tortura ocorrida durante revista. Veja o vídeo: ( http://noticias.r7.com/cidades/supostas-agressoes-em-presidios-podem-ter-motivado-ataques-em-santa-catarina-13112012 ). Mais uma vez, preso tem poderes que a sociedade não tem. Eles eliminam quem querem. Os agentes ficam à mercê da "sensibilidade" dos presos gostarem ou não de deles e ainda, de dizer se eles merecem viver ou não. Quanta autonomia, não? E mais uma vez, nesses casos de suposta tortura, o Tribunal de Justiça e seu Torturômetro, não dão condição de ampla defesa, cerceando direito. O agente é cobrado, o agente é punido, e pronto. Recebem denúncias de familiares e presos, mas não de Agentes e servidores.


O terceiro caso se trata da mais pura IRRESPONSABILIDADE, má qualidade do serviço prestado, obviamente temos que reconhecer quando um serviço é falho. Qual o critério de segurança utilizado no caso do preso que conseguiu fugir de um hospital simulando estar deficiente sobre uma cadeira de rodas? Disse que queria fumar, e foi embora. Ainda ousou furtar um veículo e se mandou. Onde estavam os responsáveis? VERGONHOSO!( http://www.band.uol.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000549921). Esse episódio também aconteceu em Florianópolis/SC, e o preso já foi recapturado. 

E por fim, é de tamanha INCONVENIÊNCIA/INSENSATEZ ouvir do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a seguinte frase: "Se fosse para cumprir muitos anos na prisão, em alguns dos nossos presídios, eu preferiria morrer", ou seja, põe à terra seu próprio trabalho. Pois se nunca foi um mistério a situação carcerária do Brasil, Rogério Grecco que o diga, vááárias publicações e livros sobre o assunto, não leu Senhor Ministro? E o que o Ministro está fazendo à frente do Ministério da Justiça? Brincando? Ganhando? Ou Falando MAL? Tentar reverter ESSA REALIDADE, não pode?? Somos - não só o ES, mas Brasil em geral, criticados nacionalmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e internacionalmente pela Anistia Internacional pelas condições das nossas Penitenciárias, Cadeias e etc... Porém há DIVULGADO investimentos generosos (Mi/Bilhões digamos, no site do Ministério da Justiça/ InfoPen, tem dados disponíveis), talvez ditos porém de fato não utilizados. Não me perguntem os motivos, estamos passando por um processo de julgamento de corrupção, peculato e crimes afins, que não justificam os meios justificam OS FINS. 


É isso, um desabafo, uma crítica, uma visão, entenda como quiser! ;)