quarta-feira, 28 de março de 2018

Considerações da vida da gente...

Abatida com o desfecho da vida breve do Soldado Melo, policial militar, 23 anos, jovem, vibrante, um futuro todo a desvendar. Tudo isso interrompido de maneira brutal, sem chances, nenhuma defesa, uma decisão injusta e covarde.

Havia decidido pelo silêncio quando das mortes violentas que estampam o noticiário, o cotidiano ou atingem vidas próximas. A vida é ouro, preciosa! E é preciso falar!

Tudo isso me deixa profundamente consternada. Eu tenho medo absoluto quando quando minha mãe ou irmãs saem para trabalhar. Do tempo que fico sozinha aguardando o relógio contar as horas para o retorno sagrado e agradecido ao lar.

Sei que existem pessoas com maldade a espera ou na busca de uma vítima, mas inegavelmente existem pessoas com sangue nos olhos a ceifar a vida de um policial. As vidas, sem distinção alguma, tem o meu respeito, mas o que soa, o que fica em suspenso é que a vida de um policial vale menos.

E o que me faz pensar isso? É todo este ódio gratuito, velado, esse veneno destilado contra o policial. Um acerto é esquecido, um erro julgado. No entanto, somos todos pares, inclusive passíveis de todo e qualquer comportamento errante ou acertado.

Não falo aqui para colocar quem quer que seja num pedestal, nem da valorização da conduta de um segmento da sociedade. Mas da valorização da pessoa que veste uma farda, se expõe, protege e resguarda vidas, mas permanece sempre sendo subjugado. Admiro muito a profissão e admiro qualquer outra de quem veste a camisa, veste a farda, veste o uniforme e faz porque ama!

Não é fácil, tem que ter coragem, não se trata de uma janela de oportunidade, é dom! Não precisa de palmas, notas públicas de admiração, precisa apenas de respeito.

Nem adianta o senso comum vir com papos do tipo: "Fez concurso para que?", "Não tá satisfeito pede para sair". E o compromisso, a honra e o juramento? Atrás de toda e qualquer profissão bate um coração de um ser humano e palavras de desestimulo, de fúria e de toda negatividade entorpece a alma.

Quem tem membro na família, que trabalha no front precisa ficar atento às questões de saúde mental: silêncio adoece, alma padece e corpo perece. Valorize os seus, mas não desvalorize o próximo!

Eu admiro e tenho orgulho da profissão, da minha mãe manicure, do meu marido policial e das minhas irmãs em distintas funções. Ensina as pessoas o valor de cada uma. Assim seremos gratos a vida de todos, sem desmerecer ninguém.

À família do Soldado Melo, que Deus console os vossos corações! 💗👮
É isso! Paz!