sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Um olhar diferente: Acessibilidade!

Trata-se de uma legítima história real.

Há dois dias tenho passado por experiências novas, não tenho o que reclamar, foi o meu desejo na virada! haha. 
Brincadeiras à parte, vou escrever sobre coisa séria. O assunto é sobre Acessibilidade.
 acessibilidade 
(latim accessibilitas, -atis

s. f.
Qualidade do que é acessível.


Ontem tive que trocar meu plantão por horas em um hospital público de Cariacica. Foram 5 horas, desde a entrada até o fim do atendimento. Muito não? Porém, mais da metade das pessoas que estavam por lá, que se quer haviam passado pela triagem, estavam esperando pelas mesmas 5 horas... 

Felizmente ou infelizmente, eu estava fardada, o que acelerou meu andamento dentro do hospital. Mas, meu mínimo senso social e humano, não me permitia olhar nos olhos daquelas pessoas que passei na frente, eu sentia vergonha! Mas precisava também de um atendimento rápido.

Após  o atendimento clínico, deste não há que reclamar, fui muito bem atendida pela Dr.ª Leila Will. 

O Hospital além da superlotação que é visível, as condições insalubres, falta de equipamentos sejam clínicos ou para a própria estrutura física (cadeiras, bebedouros, cadeiras de roda, pedestal para colocar os litros de soro, banheiros adequados, enfim...) outros problemas estavam em questão. Ao me dirigir para o setor de medicação, ao invés de tomar duas diversas injeções como a médica havia prescrito, me aplicaram duas Benzetacil. Não suportei a dor (Assumo ser um tanto fresca para isso!) e desmaiei. Não culpo a enfermeira, percebi que o stress do ambiente aliado ao calor da emoção de ver e ouvir tantas pessoas clamando por atendimento, dispersava a enfermeira, que se deu conta e percebeu o equívoco e não completou a segunda - e mesma injeção. 

Enfim, depois de algumas horas fui liberada. já disse uma vez e repito: o SUS é inacreditavelmente desumano, mas o P.A de Itacibá é o plus de todo o "lixo" do sistema de saúde. 

Hoje, após aquele longo dia de ontem, tive minha primeira experiência sobre uma cadeira de rodas. Como não estou conseguindo apoiar meu pé direito no chão, minha mãe me levou ao médico assim: numa cadeira de rodas! 

Num primeiro momento, morri de rir, achava que minha mãe não conseguiria pilotar comigo sentada. A partir daí comecei a analisar as condições de um cadeirante. De cara me senti um "alien", todas as pessoas olham na rua, como se te faltasse a cabeça, só pode! O trÂnsito não respeita o cadeirante, quase fiz uma pegadinha, queria levantar para atravessar a rua. E as calçadas são uma vergonha! Não existe acessibilidade em via pública. LAMENTÁVEL! 

Escolhi esse meio (meu próprio blog), para externar minha experiência, não tão boa, com o Sistema SUS e como uma cadeirante em Vitória. Infelizmente, não pude contar vitórias, apenas alguns contratempos, mas que com as mudanças na direção das Prefeituras, Juninho (Prefeito Cariacica) e Luciano (Prefeito Vitória) eu espero não mais passar por isso, mas desejo mais ainda, que vocês consigam fazer a diferença. É NECESSÁRIO E URGENTE!

Haja coração, ano novo, experiências novas! 

É isso! Beijos! ;*

Repostagem 02/01/2013.