Esse é um assunto muito importante e deve ser discutido amplamente. Entendo que as leituras rápidas geram mais interesses, mas eu gosto de escrever. Muito provavelmente farei daqueles vídeos breves, numa dessas redes sociais mais instantâneas...
A violência é questão problemática
e com muitas ramificações, mas hoje meu
texto terá por base a violência de gênero, contra as mulheres em
ambiente doméstico ou familiar.
Os crimes de homicídio de maneira
generalizada possuem números grandes, muitos homens morrem, mas os cenários de estudos
sobre os casos de homicídio desses homens, eles morrem em via pública e são assassinadas
por pessoas alheias ao seu convívio. As mulheres morrem dentro de casa, vitimadas por parentes ou pessoas próximas. Por isso, é necessária atenção especial para este
assunto, e, usarei meus meios de comunicação para difundir conhecimento. Talvez alguém
ao nosso lado esteja precisando.
Esse índice de mulheres vítimas dentro da própria casa, tem relação com a maior vulnerabilidade da mulher no
lar, em razão da menor exposição, pois estão dentro de casa e da proximidade direta com o agressor, que
implicam diretamente na invisibilidade do problema, se trata da máxima ‘em briga de
marido e mulher ninguém mete a colher”, assim, é comum que o agressor prevaleça desse contexto e mantenha a mulher coagida a não noticiar a violência,
seja para outro membro da família ou amigo e seja para autoridades. Submetendo
a mulher a um limite cruel e muito provavelmente fatal.
Dos dados abertos conhecidos como
IBGE[1],
FBSP[2],
ANUÁRIO DE SP[3],
onde busco fundamentar minhas palavras, tenho certeza da imprecisão dos dados
tendo em vista a falta de comunicação dos crimes às autoridades policiais e
judiciária.
Os dados constam que no ESPÍRITO
SANTO[4] no ano de 2021 em média de 3 mulheres foram assassinadas por mês dentro de casa,
por seus companheiros numa estimativa crescente entre as idades de 20 a 44 anos. Guarapari/ES registrou 5 feminicídios no ano de 2021.
O instrumento LEI MARIA DA PENHA
(11.340/2006), trouxe amplitude no atendimento às mulheres vítimas de violência
e por consequência a implementação de novas políticas públicas, atendimento jurídico
especializado e afins... Porém só o objeto Lei não tem eficácia sozinho, PORQUE
DIGO ISSO, pois existem alguns aspectos envolvidos no problema da violência de
gênero, quais sejam, ideológicos, culturais, sociais, religiosos e outros, que
se somatizam e por esse motivo é necessário intervenção de outros seguimentos
para o atendimento à mulher. Atendimento acolhedor, nem sempre formal de uma
autoridade. Psicólogas, Assistentes Sociais e terapeutas, são esses outros
seguimentos importantes.
Não falo sobre anular os
registros desses crimes e não solicitar ajuda formal, digo que para além das
medidas legais a mulher precisa da ampliação desse aparato para sua proteção.
Tenho horror a qualquer tipo de violência, mas no que tange violência contra mulher tenho uma repugnância generalizada.
Regionalizando as possibilidades
de atendimento às mulheres para a minha Cidade Guarapari no Espírito Santo,
existem os:
- Centro de Apoio a Mulher “De todas as Marias”, que funciona em anexo à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) é um espaço de suporte e direcionamento para as mulheres vítimas de violência doméstica. Endereço: Rua Santo Antônio, nº 243 - Muquiçaba - Guarapari/ES. Telefone: (27) 3261- 5680
- Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS. Endereço: Rua Santo Antônio, nº 141 - Muquiçaba - Guarapari/ES. Telefone: (27) 3361-1353
[1] https://www.ibge.gov.br/
[2] https://forumseguranca.org.br/