domingo, 4 de junho de 2023

Atenção e cuidado à saúde dos membros das forças de segurança.

A saúde mental dos membros das forças de segurança pública é um tema de extrema importância e preocupação, sempre tive muito interesse na questão e há um tempo já estava pensando em escrever sobre algo relacionado.

Devido à natureza desafiadora e estressante do trabalho que desempenham, esses profissionais podem enfrentar uma série de problemas, em especial os relacionados à saúde mental.

As demandas do trabalho podem ser extremamente exigentes e expor os profissionais a situações traumáticas e estressantes regularmente. O exercício da função faz com que a pessoa testemunhe violência, lide com situações perigosas, enfrente ameaças e experimente uma pressão intensa, pressão essa para tomar decisões rápidas e precisas e pressões para lidar com o desempenho próprio de cada instituição.

A participação nesses episódios pode levar ao desenvolvimento de distúrbios de saúde mental, como: estresse pós-traumático, ansiedade, depressão e abuso de substâncias. E a percepção da condição psicológica pode variar de indivíduo para indivíduo, que pode vir associado às condições do ambiente de trabalho, ausência de suporte emocional e outros fatores estressantes. Obviamente estou descrevendo possibilidades sem tecnicidade no assunto, no entanto, é um extrato da verdade que já presenciei.

Além de todos esses aspectos aoresentados, pode ser que haja uma cultura em dificultar o reconhecimento e a busca de ajuda para problemas de saúde mental, pois existe uma pressão social e profissional para que os membros da Segurança Pública sejam vistos como fortes, resilientes e capazes de lidar com qualquer situação. O que pode levar ao estigma em torno da saúde mental e à relutância em buscar tratamento adequado.

Para embasar o assunto, um estudo foi encomendado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP) e feito em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) onde apontou que 84% dos profissionais avaliados estavam estressados. A base de dados contou com a participação de mais de 1600 profissionais da segurança pública do Espírito Santo. (Fonte: https://acesse.one/EtrK8) É um alerta gigante. 

Essa identificação feita pela SESP e em outros estudos recentes, corroboram com a necessidade do aumento na conscientização sobre a importância da saúde mental dos membros das forças de segurança pública. Algumas organizações têm implementado programas de apoio e intervenção para ajudar a lidar com o estresse ocupacional e promover a saúde mental, cardiológica, aconselhamento e estratégias de prevenção ao suicídio, entre outros segmentos que priorizem a saúde global dos membros da segurança, pois é uma demanda latente fornecer os recursos e o apoio necessário a esses homens e mulheres.

Não obstante a implementação de programas e políticas apropriadas, necessário também uma mudança na cultura organizacional para encorajar abertamente a busca de ajuda e garantir que os profissionais se sintam à vontade para discutir suas preocupações e desafios relacionados à saúde mental. É importante frisar que as famílias têm de estar diligentes quanto a essas questões. O olhar sem julgamento, a recepção acolhedora no seio familiar é tão importante quanto à identificação do problema de saúde na esfera profissional. 

Em resumo, a saúde mental dos membros das forças de segurança pública é uma questão crítica que requer atenção e suporte adequado. As organizações e os governos devem trabalhar juntos para garantir que esses profissionais recebam o cuidado necessário para proteger sua saúde mental e bem-estar enquanto desempenham suas funções importantes na sociedade. 

E que os familiares estejam atentos aos seus! 💛

3 comentários:

  1. Verdade. Muitos precisando de ajuda, atenção da família importantíssima.

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  2. Eles precisam de suporte adequado urgente. Que post necessário! 👏🏼🤍

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