A saúde mental dos membros das forças de segurança
pública é um tema de extrema importância e preocupação, sempre tive muito
interesse na questão e há um tempo já estava pensando em escrever sobre algo
relacionado.
Devido à natureza desafiadora e estressante do
trabalho que desempenham, esses profissionais podem enfrentar uma série de
problemas, em especial os relacionados à saúde mental.
As demandas do trabalho podem ser extremamente
exigentes e expor os profissionais a situações traumáticas e estressantes
regularmente. O exercício da função faz com que a pessoa testemunhe
violência, lide com situações perigosas, enfrente ameaças e
experimente uma pressão intensa, pressão essa para tomar decisões rápidas e
precisas e pressões para lidar com o desempenho próprio de cada instituição.
A participação nesses episódios pode levar ao desenvolvimento de
distúrbios de saúde mental, como: estresse pós-traumático, ansiedade, depressão
e abuso de substâncias. E a percepção da condição psicológica pode variar de indivíduo para
indivíduo, que pode vir associado às condições do ambiente de trabalho, ausência de suporte emocional e
outros fatores estressantes. Obviamente estou descrevendo possibilidades sem
tecnicidade no assunto, no entanto, é um extrato da verdade que já presenciei.
Além de todos esses aspectos aoresentados, pode ser que haja uma cultura em
dificultar o reconhecimento e a busca de ajuda para problemas de saúde mental,
pois existe uma pressão social e profissional para que os membros da Segurança Pública sejam vistos como fortes, resilientes e capazes de lidar com
qualquer situação. O que pode levar ao estigma em torno da saúde mental e à
relutância em buscar tratamento adequado.
Para embasar o assunto, um estudo foi encomendado pela Secretaria
de Estado da Segurança Pública (SESP) e feito em parceria com a Universidade
Federal do Espírito Santo (UFES) onde apontou que 84% dos profissionais avaliados
estavam estressados. A base de dados contou com a participação de mais de 1600
profissionais da segurança pública do Espírito Santo. (Fonte: https://acesse.one/EtrK8) É um alerta
gigante.
Essa identificação feita pela SESP e em outros
estudos recentes, corroboram com a necessidade do aumento na conscientização
sobre a importância da saúde mental dos membros das forças de segurança
pública. Algumas organizações têm implementado programas de apoio e intervenção
para ajudar a lidar com o estresse ocupacional e promover a saúde mental,
cardiológica, aconselhamento e estratégias de prevenção ao suicídio, entre
outros segmentos que priorizem a saúde global dos membros da segurança, pois é uma demanda latente fornecer os recursos e o apoio necessário a esses
homens e mulheres.
Não obstante a implementação de programas e políticas
apropriadas, necessário também uma mudança na cultura organizacional para encorajar
abertamente a busca de ajuda e garantir que os profissionais se sintam à
vontade para discutir suas preocupações e desafios relacionados à saúde mental.
É importante frisar que as famílias têm de estar diligentes quanto a essas questões. O
olhar sem julgamento, a recepção acolhedora no seio familiar é tão importante
quanto à identificação do problema de saúde na esfera profissional.
Em resumo, a saúde mental dos membros das forças de
segurança pública é uma questão crítica que requer atenção e suporte adequado.
As organizações e os governos devem trabalhar juntos para garantir que esses
profissionais recebam o cuidado necessário para proteger sua saúde mental e
bem-estar enquanto desempenham suas funções importantes na sociedade.
E que os familiares estejam atentos aos seus! 💛
Verdade. Muitos precisando de ajuda, atenção da família importantíssima.
ResponderExcluirMuito bom
ResponderExcluirEles precisam de suporte adequado urgente. Que post necessário! 👏🏼🤍
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